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Circuito do Estoril – Três décadas a fazer história
Inaugurado a 16 de Junho de 1972, o Circuito do Estoril teve de esperar até 1982 para se ver incluído no Campeonato FIA F2, o que acabou por, em 1984, abrir as portas do Autódromo do Estoril à “creme de la creme” do automobilismo internacional, o Campeonato do Mundo de Fórmula Um, competição que recebeu até 1996 (antes disso, o Grande Prémio de Portugal tinha-se realizado na Boavista (Porto), nos anos de 58 e 60, e em Monsanto (Lisboa), em 59). Foi a época de ouro do Estoril. Quem é que não se lembra do segundo lugar de Niki Lauda em 1984 que lhe deu o terceiro e último título Mundial? Ou da primeira vitória da carreira de Ayrton Senna em 1985 ao volante de um Lotus JPS debaixo de forte chuva? Mas não é tudo. O Autódromo do Estoril testemunhou a segunda vitória da carreira de F1 do antigo Campeão do Mundo, Michael Schumacher; isto sem esquecer o primeiro triunfo de Coulthard na categoria rainha em 1995, ou da primeira pole position de sempre de Gerhard Berger ou da segunda de Damon Hill? Todas estas memórias fazem já parte integrante da história do Estoril e estão ainda bem vivas nos corações dos fãs que a elas assistiram. |
Durante um período de 12 anos o Autódromo do Estoril foi sofrendo algumas alterações para se manter de acordo com as mais recentes normas de segurança. Em 1993 o circuito foi submetido a grandes remodelações – a zona de boxes foi totalmente renovada, foram instalados dois túneis de acesso ao Paddock, bem como nova Torre de Controlo, Hospital e balneários. Em 1994 foi chegada a vez da primeira alteração do traçado com a introdução da Variante a substituir a curva do Tanque. Uma alteração que, por motivos de segurança, reduziu de forma considerável os tempos por volta.
Todas estas melhorias levaram a pista do Estoril a receber novas competições internacionais no calendário de 1995, exemplo disso foram o Campeonato de Superturismos de Espanha e o homólogo Europeu, provas que aumentaram a importância do circuito enquanto centro de produção de riqueza em toda a região de Cascais e Estoril. Uns anos mais tarde, a administração do o Autódromo do Estoril foi forçada a levar a cabo mudanças drásticas no desenho da pista para maximizar os níveis de segurança de forma a poder receber os mais importantes eventos internacionais. Estas alterações incluíram radical alteração da Curva 1, a construção de nova unidade hospitalar e um Centro de Imprensa de alta tecnologia. Depois de dois anos de muita construção, o Autódromo do Estoril reabriu as portas ao público em 1999 com as Finais Internacionais Renault. Um evento que marcou o regresso do circuito do Estoril ao palco do automobilismo mundial. Com a chegada do novo milénio, e depois da pista ser aprovada com distinção nas Finais Internacionais Renault, o Estoril foi o palco do primeiro de muitos testes IRTA, o que permitiu aos pilotos um contacto inicial com a pista antes da primeira edição do Grande Prémio de Portugal de Motociclismo em território nacional. Ao todo, o ano de 2000 testemunhou o regresso em força dos testes de F1 e mais uma estreia para o Circuito do Estoril – o Campeonato do Mundo de FIA GT. Em 2001 o Estoril reafirmou o seu prestígio internacional, recebendo mais uma edição do Grande Prémio de Portugal de Motociclismo, o Eurosport Super Racing Weekend, as Finais Internacionais Renault e as estreantes European Le Mans Series, Campeonato de Espanha de GT e de Fórmula 3 e o Nissan Open Telefónica. No meio de tanta ribalta, foram muitos os eventos nacionais que tiveram a honra de ver os seus títulos disputados no asfalto do Estoril, o Rali de Portugal e a Volta a Portugal em Bicicleta foram dois dos que visitaram o circuito. Muitos construtores automóveis e fabricantes de pneus têm no Estoril a sua pista favorita para levarem a cabo os seus testes |